sábado, 10 de julho de 2010

Correndo com tesouras (Running with Scissors - 2006 EUA)

Para aqueles que gostam de psquiatria e psicanálise este filme pode ser fonte de estudo.
Pessoas diferentes que se tornam iguais pela mesma causa: desequilíbrio emocional! Quem não sofre desse mau nos dias turbulentos de hoje? É claro que em proporção quase que insignificante para alguns, mas que não deixa de existir em cada um de nós.
Entre um ambiente de brigas familiares, um pai alcóolatra e uma mãe que idealiza uma carreira que nunca existiu,  cresce Augustin, um garoto que desde as primeiras cenas fez com que você perceba que
a história irá te surpreender. A descoberta ou escolha de uma opção homossexual que é fundamentada em uma relação de admiração materna e 'raiva' paterna faz parte da vida sem regras e sem rumo de Augustin. Regras, era o que ele mais necessitava e queria, e é também o que falta hoje na vida de muitos jovens, que vivem perdidos, sem base, sem saber fazer escolhas; era assim a vida de Augustin.
Os atores Annette Bening, Joseph Fiennes, Alec Baldwin , Joseph Cross e Jill Clayburgh nos deixam perplexos com a maestria em cena que torna a loucura de cada perssoanagem extremamente real.
Deirdre, mãe de Augustin interpretada por Annette Bening,  procura um psicanalista para tentar salvar seu casamento e solucionar seus problemas emocionais, entretanto, o doutor Finch a manipula e transforma sua vida em um verdadeiro inferno.
Confortada pelos medicamentos dados pelo psicanalista e a espera da realização do sonho da publicação de um livro de poesias, Deirdre segue vivendo uma vida de descontrole total.
Augustin acaba sendo obrigado a ir morar com o doutor Finch e se surpreende com o modo de vida um tanto quanto diferente das pessoas daquela casa. Se sente perdido e sozinho no mundo, divide seus
sentimentos com um velho diário na tentativa de se sentir melhor e encontrar soluções e saídas para aquela vida tão desiquilibrada.
Cenas maravilhosas dirigidas pelo diretor Ryan Murphy nos prende ao enrredo e muitas vezes nos faz sentir o desespero, tristeza, solidão de cada personagem. Fotografia e trilha sonora excelentes acompanham a obra, não escondo minha opinião sobre o filme e indico com certeza!

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