quinta-feira, 2 de setembro de 2010

E qual será a sua escolha?




Tratar de política em um país onde ainda exista um nível considerável de analfabetismo ou em que não exista na maior parte da população a tão comentada conciencia política, é um trabalho difícil. Infelizmente o que vemos nas campanhas é muito mais sensacionalismo do que qualquer outra coisa, algumas das promessas feitas parecem e muitas vezes são impossíveis de realização diante da conjuntura econômica de  nosso país. A cada ano nos surpreendemos mais com os candidatos 'pop stars' que utilizam o sucesso no âmbito artístico - se é que podemos chamar assim - para se inserir na política, mesmo quando não entendem nem mesmo qual a função para o qual estão se candidatando. É uma situação lamentável!
Alguns cidadãos optam pelos candidatos 'menos piores' mesmo sabendo que nada irá mudar, e se mudar pode ser para pior. Em época de eleições é comovente o comportamento humano de nossos políticos , pegam criançinhas pobres no colo, abraçam e visitam pessoas que necessitam de ajuda, 'abraçam a causa' de ser governante brasileiro com todas as forças, entretanto, quando realmente são solicitados a um comportamento de governante de um país, de um estado ou cidade, se mostram desonestos, fracos e incompetentes. Não digo aqui que governar seja algo fácil, qualquer tipo de governança tem suas dificuldades e exige alto grau de comprometimento e dedicação, mas uma vez que um indíviduo se dipõe a governar, deve conhecer suas responsabilidades e se dedicar a isto. Não se deve prometer o que não se pode cumprir, não se deve apresentar uma situação que não existe e que nunca irá existir, não se deve enganar, fingir, trapacear...
Quando assisti a esse comercial, achei fantástico o mix que une o tema polêmico e preocupante  - a política - com a brincadeira dos prêmios surpresa. A ironia presente no anúncio chama a atenção e ao mesmo tempo em que torna o tema engraçado, nos preocupa. Nossos eleitores não estão com ouvidos tapados, eles estão tendo a opção de escolha, têm a oportunidade de analisar e escolher, mas de que adianta ter esse poder
e não saber utilizá-lo? De que adianta ouvir discursos e não conhecer a realidade e histórico político, social e econômico de seu país? Como nossos eleitores se tornariam mais concientes e maduros para fazer essa escolha? Somente através da educação, através da leitura, do conhecimento, só assim nossos cidadãos poderão eliminar as vendas que os impedem de ver a realidade lamentável que é a política neste país e fazer escolhas corretas e o principal saber cobrar, reconhecer acertos e apontar erros.