sábado, 31 de julho de 2010

Expresse-se!




Vídeo que foi contemplado com o 3° lugar na categoria Experimental do FUA 2009 - Festival Universitário de Audio Visual.

EDIÇÃO E DIREÇÃO: Renan Cruz

Tolerância zero.

Até onde vai nosso grau de tolerância? Diáriamente toleramos a falta de educação das pessoas nas ruas, no trabalho, ao ser atendido em um estabelecimento comercial; toleramos o mau humor de pessoas frequentemente insatisfeitas; toleramos a corrupção na política e ficamos à espera de mudanças; toleramos as desigualdades presentes não só em nosso país mas em todo o mundo, onde existem poucos com tanto e muitos com tão pouco; toleramos uma geração que não valoriza a o patrimônio cultural de seu país e tem valores totalmente invertidos; toleramos a situação de viver a vida correndo, fazendo coisas por obrigação e não por paixão; toleramos o egoísmo, a fome, o preconceito... Até quando nosso grau de tolerância será tão elevado diante de problemas tão graves? Aprendi que devemos ser pacientes e tolerantes diante de obstáculos e defeitos alheios, entretanto, a esta altura do campeonato chego a pensar que a existência de pessoas tão tolerantes é a razão para o mundo estar de cabeça para baixo como está! Chego a pensar que é necessário colocar em prática um pouco daquele comportamento baseado na tolerância zero, pois talvez assim algumas coisas tão importantes não "passem despercebido" como tem acontecido até agora. Talvez assim essa tolerância exagerada se transforme em conciência e as pessoas se mobilizem a fazem algo diante dos problemas que passamos e que na maioria das vezes consideramos como coisas tão naturais.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Reconhecimento, uma questão de paradigmas

No trabalho, na escola, nas famílias, em todas atividades exercidas por um grupo de pessoas pode-se dizer que o que todos os indivíduos buscam seja o tão falado RECONHECIMENTO. Entretanto com o passar do tempo e a vivência de algumas experiências percebo que esta pode ser uma questão de paradigmas instalados no caráter e nos valores de cada um.
Estou lendo "O Monge e o Executivo" de James Hunter e em certo momento da história ele define de forma
simples e compreensível a palavra paradigma como, "padrões psicológicos, modelos ou mapas que usamos
para navegar na vida". Então o que isso tem a ver com reconhecimento? Tem tudo a ver! Uma pessoa reconhece a outra pelas atividades que faz ou atitudes que toma em determinadas situações, entretanto se os meus paradigmas são diferentes do de outras pessoas, consequentemente, não vamos dar o merecido reconhecimento de acordo com os mesmos valores e quesitos, ou seja, de acordo com os meus paradigmas certa pessoa merece meu reconhecimento e outra não, mas para você isso pode ser exatamente o oposto.
Por exemplo, dentro de uma empresa, escola ou qualquer ambiente de trabalho, algumas pessoas valorizam e reconhecem aqueles indivíduos que realmente contribuem para o desenvolvimento da organização, que trabalham diariamente pensando na coletividade; já outros valorizam e reconhecem aqueles que estão sempre "puxando o saco", protegendo um aqui, outro ali... enfim, são situações que todos conhecem e que constantemente acontecem. O que eu quero dizer é que de acordo com os meus valores um pessoa pode ser útil e deve ser valorizada por algumas caracteríscias mas para você, ou para outras pessoas essas características posssam ser outras. Desta forma a valorização e o reconhecimento dado a alguém vai depender muito dos valores e paradigmas de quem está julgando.
Escrevo isto, como que um desabafo diante de muitas coisas que tenho visto desde que comecei a trabalhar, e posso afimar, com certeza, que isso ocorre em diferentes tipos de instituições. Por isso, não se sinta chateado, triste ou menosprezado se não for reconhecido dentro de sua empresa, na sua escola ou universidade, ou até mesmo por pessoas queridas de sua família, afinal, reconhecimento pode ser uma questão de paradigmas.

sábado, 10 de julho de 2010

Correndo com tesouras (Running with Scissors - 2006 EUA)

Para aqueles que gostam de psquiatria e psicanálise este filme pode ser fonte de estudo.
Pessoas diferentes que se tornam iguais pela mesma causa: desequilíbrio emocional! Quem não sofre desse mau nos dias turbulentos de hoje? É claro que em proporção quase que insignificante para alguns, mas que não deixa de existir em cada um de nós.
Entre um ambiente de brigas familiares, um pai alcóolatra e uma mãe que idealiza uma carreira que nunca existiu,  cresce Augustin, um garoto que desde as primeiras cenas fez com que você perceba que
a história irá te surpreender. A descoberta ou escolha de uma opção homossexual que é fundamentada em uma relação de admiração materna e 'raiva' paterna faz parte da vida sem regras e sem rumo de Augustin. Regras, era o que ele mais necessitava e queria, e é também o que falta hoje na vida de muitos jovens, que vivem perdidos, sem base, sem saber fazer escolhas; era assim a vida de Augustin.
Os atores Annette Bening, Joseph Fiennes, Alec Baldwin , Joseph Cross e Jill Clayburgh nos deixam perplexos com a maestria em cena que torna a loucura de cada perssoanagem extremamente real.
Deirdre, mãe de Augustin interpretada por Annette Bening,  procura um psicanalista para tentar salvar seu casamento e solucionar seus problemas emocionais, entretanto, o doutor Finch a manipula e transforma sua vida em um verdadeiro inferno.
Confortada pelos medicamentos dados pelo psicanalista e a espera da realização do sonho da publicação de um livro de poesias, Deirdre segue vivendo uma vida de descontrole total.
Augustin acaba sendo obrigado a ir morar com o doutor Finch e se surpreende com o modo de vida um tanto quanto diferente das pessoas daquela casa. Se sente perdido e sozinho no mundo, divide seus
sentimentos com um velho diário na tentativa de se sentir melhor e encontrar soluções e saídas para aquela vida tão desiquilibrada.
Cenas maravilhosas dirigidas pelo diretor Ryan Murphy nos prende ao enrredo e muitas vezes nos faz sentir o desespero, tristeza, solidão de cada personagem. Fotografia e trilha sonora excelentes acompanham a obra, não escondo minha opinião sobre o filme e indico com certeza!

O despertar de uma paixão

Não entendi como e nem o porque, mas de uma hora para outra o cinema ganhou extrema importância na minha vida.
Eu não entendia exatamente o que era o cinema, no que se baseava as produções de cinema, não sabia como fazer uma análise fílmica de qualidade, normalmente não conseguia aborver a essência dos assuntos tratados em cena. Entretanto, após participar de um maravilhoso festival promovido na cidade de Maringá, comecei a enteder e aceitar o cinema não mais como atividade de sábados chuvosos com o namorado ou com as amigas e sim como uma atividade cultural, extremamente produtiva na medida em que se consegue escolher e analisar bons filmes.
No 6º Festival de Cinema de Maringá, eu tive a oportunidade de conhecer um pouco sobre o processo de produção, roteiro e montagem cinematográfica. Conheci também um pouquinho das leis de incentivo públicas e privadas que permitem as produções nacionais. Durante as oficinas produzimos um curta metragem chamado Paranóia, que contava a experiência de um garoto inseguro que sofre com a ansiedade de um encontro amoroso. Acesse e assista clicando no link: http://www.youtube.com/watch?v=K13mExTtH-c)  Neste curta eu faço o papel da Desilusão (uma personagem dos subconsciente do garoto), atuo, mas também dirijo uma cena, participo também da direção de arte. Foi assim, todo mundo vivendo um dia de 'Severino' e fazendo de tudo um pouco; contribuição maravilhosa para aprendizagem. Estou certa de que esta experiência despertou em mim essa paixão tão saudável que é a paixão pelo cinema.
No festival tive a oportunidade de conhecer mestres da área como Geraldo Piolli e Pedro Merege, ambos pessoas maravilhosas pessoal e profissionalmente. Após atuar no curta-metragem 'Paranóia', Merege me convidou para atuar em um curta produzido por ele que seria gravado em Curitiba. Na época eu estava trabalhando e para gravar tive que fazer um grande esforço, que acredito que foi recompensado. Dia 24 deste mês foi lançado o curta 'Mesera' gravado em Curitiba com a equipe de Pedro Merege.
O lançamento aconteceu na Cinemateca de Curitiba e contou com a presença de pessoas com muita experiência na área. Creio que a gravaçao deste curta foi uma das melhores experiências já vividas por mim. É simplesmente maravilhoso fazer algo por paixão, pura e simplesmente. Creio que quando fazemos as coisas desta forma os resultados sempre são positivos.